Livro Pentagrama Mágico
12 de dezembro de 2009
de Eduardo Sisterolli Alencar
Prefácio
Viajei com o autor. Experimentei agradáveis surpresas e, a despeito de bem acessíveis os caminhos, a riqueza das descrições, a fluência das narrativas e a beleza da ambiência permitiram-me, além do mais, devaneios distanciados do lugar comum.
Os personagens bem talhados por precisamente qualificados para uma trama bem urdida e moldada adequadamente para a cultura apropriada experimental, sedimentária e de amplo alcance, em todos os sentidos. Na linguagem revela-se a erudição do autor que expressa, em momentos azados, pulsos ternos da vivência familiar e, em toques líricos, as sugestões das paisagens.
De outro lado, o enredo humano, de todos os tempos, expendidos em sonhos reais que se entrosam, bem concatenados, sugere expectativas de surpreendentes suspenses que se abrandam em assimilações refletidas.
Esse caráter bivalente do homem na liça do dia a dia, em simbiose com aquele real, onírico, exibe-se, por si, como um valor a mais, de mais significativa ponderação, para a obra que, na verdade, se me mostra cativante.
E as abordagens se fazem, a todo passo, com maestria, por alguém, o autor que, a par dos vastos recursos líterocientíficos e humanos, ainda as faz como um conhecedor iniciado nos meandros da alquimia esotérica.
A todo o tempo, um convite a reflexões sobre o homem que se destina às excelsitudes, posto que dado aos embates em que ora atua como bruto, depois, sensível e, progressivamente, nessa roda viva do mundo cósmico a girar e girar ao ezo da eternidade.
E mais, àquela com reflexo no plano moral: a cada ação inexoravelmente corresponde outra de igual teor, em sentido contrário que bem sobraça a redundante seqüencial bem verdadeira, de longe, ditada de nossos antepassados – “Quem semeia ventos, colhe tempestades”.
Minhas congratulações sinceras ao autor.
Geraldo Deusimar Alencar.